Essa nostalgia filha da puta 
insiste em querer me ter como companheira.Perdoe-me,mas prefiro ser 
livre. Não dos momentos,nem de tudo aquilo que me fez bem,e que você me 
faz lembrar.Mas quero ser livre.Sim, livre dos pensamentos com nome e 
endereço,que me perseguem,livre para amar,livre para não precisar forjar
 sorrisos.
- Saudade? 
Sim, terei muitas,terei sempre,pra sempre. Farei questão de conviver 
com todas elas,até o momento de mata-las, uma por uma.Afinal, a saudade é
 como um porco criado para o abate,nós à vemos nascer,cuidamos para que 
não machuque,para que não adoeça,e então,quando já está grande o 
suficiente nós à matamos. E nos saciamos com o gosto. 
- E amor?
Ah, esse sim, desse tenho medo.É algo tão sufocante que vem crescendo
 no peito.Não sei o que fazer,me tira o ar,o chão,mas nunca é como se 
estivesse flutuando.As vezes penso nunca poder te-lo como companheiro.
                         [Laura Carneiro # http://thoughtsofcottoncandy.tumblr.com/]