quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Impotente




Um murro no peito
Uma noite fria
Um vento que o cortava
Era como se uma faca 
Atravessasse seu coração
E mesmo que ele quisesse 
Nada acontecia
Pois não adianta 
O quão seus sentimentos sejam fortes
E o quanto ele acredite em Deus 
Nada disso vai adiantar na situação que ele se encontra agora
Respirar fundo e esperar
O que vai acontecer? 
Como sempre acontece 
Ele não pode agir 
ele tenta, ele luta
Pra concertar aqueles erros 
E aqueles sentimentos 
Que pela primeira vez ele acreditava que não devessem existir
E uma voz grita em sua cabeça 
Dizendo o quão fraco ele é 
O quão insignificante ele é 
E passa na cabeça dele 
O suicídio, 
O caminho mais fácil
O corte simples e Profundo 
De preferência vertical 
Pra que não haja remendos 
Nem formas de estancar o sangue
Talvez esse seja o desejo mais forte 
Nesse coração triste agora 
Nesta cabeça que só pede 
Pra que seja enterrado de pé
Pois em sua vida 
Não suporta mais ficar de joelhos.

[Daniel Sena]

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