segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ressaca.


          
   Neste vasto mundo em que vivo
Temos torneiras secas
Mas acordei hoje
Com vontade de beber
Não a bebida dos homens comuns
Que logo os leva a embriaguês

Nada de cerveja
Longe de mim a vodca e o conhaque
O que quero de verdade não é vendido
Foi completamente proibido
Pelos homens que se acostumaram com a luz apagada
       E se apaixonaram pela escuridão
Minha bebida é letal
Para aqueles que relutam diante da verdade
E se prendem as três parcas
Vivendo uma vida opaca 
Sem experimentar o desejo com o qual
Acordei esta manhã
Minha bebida é essa tal liberdade
Pois cansei-me dessas teorias vãs.



                                                                                             [Daniel Sena]

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