terça-feira, 1 de abril de 2014

Triste e doce realidade


Permita-me então mergulhar
No negro mar da perdição
Permita-me fumar todo o ópio
Para acalmar meu ânimos
Para que eu morra lentamente, sem perceber
Deixa que eu beba todo o álcool
Para que no dia seguinte
Eu não lembre do dia anterior, hoje e sempre
Pois estou cansado desta vida dantesca
Dessas lembranças repentinas
Desse amor dilacerado
De todo ódio guardado
Do qual não tenho como me livrar

Encho meus pulmões de realidade
Dói quando inspiro
Enfureço-me diante de toda verdade
Faço da fúria meu retiro
E viajo léguas a frente
Para poder livrar-me do agora
E percebo que essa
Talvez seja a melhor hora
Para eu poder chorar
sinto meu coração esvaziar
A cada gota que derramo
E saudade vai se acalmando
A fúria ,amiga, me leva pro canto
E põem-se a me ninar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário